Dificuldade quase número um da vida: dizer e manter um não. Isso porque quando falamos não para alguma coisa ou para alguém passamos pelo “teste de afeto das relações” – que nem sempre passa de fase ou sobrevive. Associo a capacidade de dizer não a uma coisa básica, porém complexa: estar ao nosso lado, mesmo que ninguém esteja. Cada vez menos raros, esses momentos – de dizer e manter um não, com relativo conforto – tem me encantado e me fazendo descobrir muitas coisas sobre quem eu realmente estou disposta a ser – não por ninguém, nem para ninguém – mas por mim. Um ser inteiro ajuda mais do que um ser que concede. Ser uma boa pessoa é diferente de ser uma pessoa boazinha.
Fui fazer a unha e a moça disse: coloca essa cor que fica linda! E eu disse, bem baixinho – com medo de ela me achar uma pessoa chata: acho que não, prefiro branquinho. Mas ela insistiu: vai ficar demais! E, eu?