O direito da réplica
Em setembro de 2016 ganhei uma fofíssima dog de presente. A Joy é uma maltês muito divertida e amorosa. Veio como sonhei: branquinha de fuço muito preto, cabia na palma da mão. Hoje ela ainda continua leve e pequena, do tipo que dorme debaixo das cobertas abraçadinha contigo e acorda feliz, alongando o corpo felpudinho perto do seu, como se dissesse: acorda, o dia começou, abra as cortinas e sorria!
Se você piscar os olhos, ela começa uma sessão lambe-testa-lambe-queixo, de felicidade. Sempre fui apaixonada por cachorros, então tão logo recebi o presente, bati um foto faceira e postei para compartilhar minha alegria! Tenho outros quatro cachorros, dos quais dois poodles companheiras que moram com a minha mãe – a Mel e a Nude; e o Obama e a Mana – um pastor alemão imponente e uma vira-lata cheirosinha que adotamos, que ficam no escritório. São imperdíveis.
Postada a foto uma senhora logo comentou que estava decepcionada comigo. Que, como eu, uma pessoa que formava opiniões, estava sendo tão irresponsável e alienada em adquirir uma cachorra de raça, quando o mundo precisava que eu desse o exemplo, adotando cães.
Minha primeira sensação era de que ela tinha me entendido mal, de alguma forma. Minha “campanha” não era “compre um maltês”, minha exposição era de tremenda e inocente alegria. Que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Trabalhar na cura do mundo jamais representará eliminar da sua vida outras escolhas que nos fazem felizes. Precisamos dar a cada coisa o seu lugar. “Peraí, vamos conversar!”